Roda, bailarina,
Que o teu corpo é pena,
E a tua alma, ainda que pequena,
Ainda te pulsa nas veias.
Roda, bailarina,
Que o teu cansaço,
Não físico, mas do mundo,
São semifusas no teu corpo.
Roda, bailarina,
Metamorfose de felina,
Devora o ódio do preconceito,
Que esta liberdade é tua, mas repentina.
Roda, bailarina,
Transpira os receios e a amargura,
Tira a tua máscara, quebra a rotina,
Que esta é a tua única paixão que perdura.
Roda, bailarina,
Cega mas precisa,
Que a melodia é companheira,
E a solidão não é juíza.
Oh, bailarina,
Cujo mundo é uma utopia,
Cerra os olhos e regressa,
Onde o palco só a ti te pertencia.
Catarina Marques, 09/03/2011
Fabuloso !
ResponderEliminarLove you <3