percorremos o mesmo espaço, seguindo trajectórias rectas, paralelas, intocáveis. circulamos na mesma esfera e, para teu desagrado, acabas sempre por me encontrar. quando tal acontece, alteras rapidamente a tua rota e desapareces a um passo ritmado, acelerado, enfurecido. já eu, ingénua habitual, fixo-me em ti e deixo que me alteres os passos.
não me culpes pela minha existência. não fui eu... deve ter sido escrita por alguém que quis virar uma página pesada e decidiu, loucamente, pôr-nos na mesma esfera. terrível infortúnio, pois agora somos como copos vazios e andamos neste resto apagado... vagueamos aqui, quais cegos incuráveis, suprimindo obstáculos que, em vez de nos darem liberdade, nos conduzem ao fastio, ao desregramento, ao nada.
Gostei muitoo :o
ResponderEliminarNão sabia desta tua veia.
Adorei.
gosto, miúda .
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