cambaleando o corpo pesado, luto contra a dor que me entorpece os passos. sem direção definida, eu caminho.pé-ante-pé, prossigo na esperança de um amanhã que chega sempre tarde. um amanhã que fica sempre pela metade, pois a outra metade já eu a enchi com a angústia do ontem.
assisto à morte lenta do meu reflexo, enquanto sonhos e memórias se misturam e desvanecem numa tristeza que não possuo. e então despeço-me de mim, de ti, na esperança que amanhã a nossa ausência não doa.
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mas vai doer. e amanhã será somente amanhã. mais um dia que ficará pela metade.
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